Enfim, mesmo que haja alguns pais ainda reticentes para a volta presencial dos filhos, como registram os dois secretários (Glaucia e Suamy) não há mais motivos reais para que as aulas presenciais não retornem com tudo.
Cerca de 45 mil estudantes e outros quase cinco mil professores e servidores da Educação voltaram às aulas presenciais em Porto Velho, há dois meses. Cumprindo rigorosamente todo os protocolos de segurança (que incluem um revezamento de turmas da mesma sala, quando uma delas frequenta a escola numa semana, a outra na próxima), distanciamento, álcool em gel e tudo o mais, neste período todo, envolvendo toda essa gente, foram registrados apenas três casos de pessoas contaminadas com o Coronavírus. Nenhum aluno. Os contágios ocorreram entre servidores e não há certeza de que se deram no local de trabalho. No Estado, 70 por cento de todos os cerca de 220 mil estudantes e servidores da Educação também já retornaram. Desde que as aulas presenciais voltaram, para toda esta multidão de mais de 250 mil pessoas, apenas um caso de Covid, em Alvorada do Oeste, foi constatado. Nenhum outro. Ou seja, tanto na rede estadual quanto na municipal, o número de casos é insignificante. O que tudo isso significa? Ora, que está mais do que na hora de que todos os estudantes – alguns que perderam quase dois anos de aulas presenciais – retornarem imediatamente para as escolas rondonienses. Claro que com todos os cuidados que ainda são necessários, como está sendo feito, mas está na hora de a vida escolar entrar pela via do recomeço. A pandemia está cada vez menos agressiva, graças às quase 1 milhão e 850 mil vacinas (1 milhão 150 mil da primeira dose e outras 688 mil da segunda) já aplicadas no Estado, mais de 370 mil apenas na Capital.
A secretária Glaucia Negreiros, titular da educação na Capital, sintetiza a preocupação sobre o tema: “não estamos falando em recuperação, mas sim em recomposição do aprendizado. Precisamos que nossos estudantes voltem à normalidade do ensino”, afirma. A secretária, aliás, tem percorrido várias escolas, para checar, pessoalmente, se tudo está andando como o planejado. E está. Na Seduc, até a volta do Aulões, que sempre foram saudados como de grande importância, comprovam a preocupação com volta à normalidade, mas, ainda, com todos os protocolos sendo seguidos. Na semana passada, perto de 700 alunos participaram presencialmente de um deles. Desde que os números da pandemia começaram a cair drasticamente no Estado, o retorno do sistema educacional à algo próximo à normalidade é uma exigência. O sistema hospitalar está quase vazio (no Boletim 565, da quarta-feira, tínhamos apenas 56 leitos ocupados) e o número de novos casos tem diminuído praticamente todos os dias. Enfim, mesmo que haja alguns pais ainda reticentes para a volta presencial dos filhos, como registram os dois secretários (Glaucia e Suamy) não há mais motivos reais para que as aulas presenciais não retornem com tudo. Aliás, já passou da hora!