A confiança do consumidor começou o ano em queda, mostraram dados divulgados nesta terça-feira (25) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador recuou 1,4 ponto na passagem de dezembro para janeiro, para 74,1.
A queda foi influenciada pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses, enquanto a avaliação sobre a situação atual apresentou leve melhora.
Segundo Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens, no entanto, “a relativa satisfação com a situação corrente em janeiro pode ser temporária, havendo ainda muita incerteza quanto à evolução do endividamento das famílias de baixa renda”.
“A MUDANÇA DESSE CENÁRIO CONTINUARÁ DEPENDENDO DA RECUPERAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO, CONTROLE DA INFLAÇÃO, E REDUÇÃO DA INCERTEZA, NUM ANO QUE SE INICIA COM SURTO DE ÔMICRON E INFLUENZA E TERMINA COM AS ELEIÇÕES”, AFIRMOU EM NOTA.
Indicadores
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto em janeiro, para 66,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,7 pontos, para 80,7 pontos.
O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 0,8 ponto, para 60 pontos, após dois meses de quedas consecutivas e o que mede as percepções sobre a situação econômica atual variaram 0,2 ponto para 73 pontos. Ambos se mantém em patamar muito baixo em termos históricos.
Com relação às expectativas para os próximos meses, o indicador que mais influenciou o IE foi o que mede as expectativas sobre a situação econômica nos próximos meses. Após três meses de recuperação, o indicador caiu 4,5 pontos, para 99,6 pontos, abaixo do patamar de neutralidade.
O indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar cedeu 0,9 ponto, para 84,6 pontos. O ímpeto de compras para próximos meses continuou caindo pelo quinto mês consecutivo, 2,5 pontos para 60,3 pontos, menor valor desde maio de 2021.
Fonte: G1