Gigante do entretenimento iniciou primeira rodada de demissão em massa nesta terça-feira; empresa deve demitir 7.000 funcionários
A primeira rodada de demissão em massa na Disney encerrou o setor de metaverso da empresa. Também conhecido como “Next Generation Storytelling”, a divisão contava com algo em torno de 50 funcionários, incluindo um ex-diretor da Apple que trocou a maçã pelo Mickey. A proposta da Disney era entregar uma nova experiência usando todo o seu rico portfólio de personagens, marcas e franquias.
No total, a Disney deverá demitir 7.000 funcionários em três “rodadas”. Ao encerrar o setor de metaverso, a dona da Marvel segue passos parecidos com os da Microsoft. A criadora do Windows demitiu toda a sua divisão responsável pelos óculos de realidade virtual e aumentada, um equipamento fundamental para a proposta do metaverso.
No momento, só a Meta segue firme e forte investindo neste conceito como forma de entretenimento e lazer — a Nvidia e o seu Omniverse tem uma proposta mais profissional para o metaverso.
Disney contratou ex-Apple para o seu metaverso
No ano passado, a Disney anunciou a contratação de Mark Bozon, ex-executivo da Apple Arcade. Na nova empresa, Bozon tinha a função de liderar a visão criativa do “Next Generation Storytelling”, como o setor de metaverso era chamado. O termo “Storytelling” usado pela Disney se refere ao conceito de apresentar histórias de modos mais impactantes e fora do tradicional.
Dona de tantos direitos autorais, com histórias em diferentes ambientações (por exemplo, Piratas do Caribe e Frozen) a Disney tem material para explorar a realidade mista como um novo meio de consumir os seus conteúdos. Porém, o cenário mudou.
De acordo com o Wall Street Journal, entre os novos formatos testados pela Disney estavam atrações para os seus parques e até esportes — o Mickey é dono da ESPN.
Apesar do fim da divisão de metaverso, o CEO da Disney, Bob Iger, é integrante do conselho da Genies Inc. Essa startup desenvolve avatares para redes sociais, incluindo os que são usados no Instagram e iMessage.
Iger até pode investir e acreditar nos formatos com realidade virtual na vida privada, mas o seu papel na Disney inclui cortar o que não é prioridade. E, no momento, o público não parece querer novos formatos de ouvir “Let It Go”.