Agentes cumpriram 211 mandados de busca e apreensão e precisam periciar material
Os seis investigados afastados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os seis com mandados de prisão emitidos nesta quarta-feira (23) na operação “Sem Desconto” deverão prestar depoimento à Polícia Federal (PF) após análise de todo o material apreendido.
A megaoperação, com 700 agentes da PF e 80 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens no valor de R$ 1 bilhão.
A partir das apreensões, os agentes passam a analisar a documentação apreendida, os celulares, as mensagens, se houver quebra de sigilo judicial, notas fiscais, para identificar quem foi beneficiado e como funcionava o esquema apontado no inquérito.
A PF e a CGU também passam a analisar o caminho do dinheiro para compra dos bens apreendidos. Os agentes apreenderam carros de luxo, quadros, joias e dinheiro em espécie nas casas dos alvos.
Os investigadores querem traçar a rota, saindo da conta do aposentado e pensionista do INSS, para as contas dos representantes das associações e, posteriormente, para demais envolvidos.
Com base em toda essa análise é que os investigados serão ouvidos e confrontados com as provas e os elementos já colhidos que levaram à Justiça a autorizar essa operação.
Entre eles, o agora ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, que foi afastado do cargo por determinação judicial após pedido da PF e depois exonerado. Ele é investigado e será um dos que prestará depoimento.
A defesa do ex-presidente do INSS não foi localizada.