sábado, 19-abril-2025
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    Quênia quer proibir importação de peixes da China para proteger setor pesqueiro

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    Para atender às demandas locais, peixeiros têm que complementar o estoque com peixes importados da China, mais barato que o adquirido localmente

    O Comitê de Agricultura da Assembleia Nacional do Quênia quer proibir a importação de peixes da China. A medida visa à proteção da atividade de pesca e dos pescadores nativos da nação africana, segundo informações do portal All Africa.

    De acordo com os legisladores, o Quênia tem estoques de peixes suficientes em seus lagos, rios e oceanos, e o projeto de lei deve trazer melhorias ao setor.

    “Não vejo por que devemos importar da China quando temos peixes suficientes no país. Há muito potencial em nossas águas, devemos capturá-lo”, argumentou o presidente do comitê, Silas Tiren, acrescentando que “os países estrangeiros estão pescando em nossas águas e depois vendendo para nós, o que mostra que temos potencial suficiente”, ponderou.

    Números oficiais divulgados pelo portal Africa News mostram que, em 2019, o Quênia registrou uma produção anual de peixes de 146,6 mil toneladas métricas (TM): 102.331 TM de produção de água doce, 18.542 TM da aquicultura e 23.700 TM de recursos marinhos.

    Mercado local chinês

    Relatório divulgado pelo rastreador Global Fishing Watch (site que monitora atividades de pesca comercial no mundo) revelou que, entre maio e agosto, as águas do Quênia tiveram tráfego de mais de 230 embarcações, sendo a maior parte de origem estrangeira.

    A maioria desses pesqueiros pertence a países como Itália, China, Taiwan e Hong Kong, tendo registrando aproximadamente 50 mil horas dentro da fronteira marítima queniana. As embarcações têm tecnologia para a pesca em águas profundas, enquanto, por falta de recursos, os quenianos limitam-se à atividade semi-industrial.

    Relatórios indicam que, para atender às demandas locais, peixeiros de diversas regiões do Quênia têm que complementar seu estoque diário com peixes importados da China, mais baratos que os adquiridos localmente.

    “Eu apoio a proibição, mas devemos capacitar o pescador para primeiro aumentar a produção. Um quilo de tilápia da China é vendido a 250 xelins quenianos, enquanto o mesmo peixe do Lago Vitória é 500”, disse o presidente da Associação Wavuvi do Quênia, Hamidi Omar.

    Enquanto o Quênia atravessa grande déficit de pescado no mercado local, a China responde pela maior parte dos peixes importados do mundo, arrecadando 70% do valor total dos embarques em 2020, conforme aponta a reportagem do Africa News.

     

    Deputado Edson Martins garante recurso para compra de calcário para Urupá

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    O deputado estadual Edson Martins (MDB), recebeu em seu gabinete, nesta terça-feira (03), na Assembleia Legislativa, o vereador de Urupá, Negão Buiu (DEM), para tratar do andamento do recurso no valor de R$137 mil para aquisição de calcário para produtores rurais do município.

    Edson Martins parabenizou o vereador Negão Buiu pela atuação na câmara municipal e afirmou que o recurso para aquisição  900 toneladas de calcário para a correção da terra já está conveniado e segue para empenho.

    “Estamos acompanhando o andamento e cobrando agilidade desse importante recurso que vai beneficiar os produtores rurais de Urupá, quero parabenizar o vereador Negão Buiu, sempre ajudando os agricultores do município”, afirmou Edson Martins.

    O vereador Buiu, agradeceu ao compromisso e solicitou novos recursos para atender as demandas do município.

    “O setor Agropecuário é que movimenta a economia dos pequenos municípios, produtores continuam plantando para que o alimento não a falte na mesa do Rondoniense e esse calcário vai auxiliar e incentivar para continuar plantando,” disse o  Vereador.

    Texto e foto: Assessoria

    Emendas do deputado Edson Martins para Nova União já somam mais de 1,6 Milhões de reais

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    Vereador agradece pelo empenho do deputado

    O vereador Marins, do município de Nova União, agradece ao deputado Edson Martins pelo empenho que vem tendo em prol dos municípios do interior.

    Sendo uma de suas bandeiras a Agricultura, o deputado Edson Martins afirma que o homem do campo precisa produzir por isso merece ser assistido.

    Ao todo já foram enviados mais de R$ 1,6 Mi em recursos para a cidade de Nova União de modo a promover o desenvolvimento e agilizar na hora da colheita da produção agrícola.

    “Quando trabalhamos com afinco, o resultado chega. O homem do campo é fundamental para o abastecimento das cidades por isso busco incentivar projetos como este”. Disse Edson Martins.

    Incentivo à importação de insumos acaba e pesquisas científicas param no Brasil, diz Folha

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    Problema afeta diversas universidades e ameaça até estudos sobre Covid-19.

    Sem recursos, atividades dos principais centros científicos do país foram reduzidas ou interrompidas. (Foto:Rubens Cavallari/ FolhaPress)

    Cientistas brasileiros estão desde o final de maio sem possibilidade de importar materiais para pesquisas com isenção fiscal. Com isso, atividades dos principais centros científicos do país tiveram que parar ou acabaram impactadas pelo aumento de gastos. A informação é da Folha.

    No último dia 14 de julho, pró-reitores de pesquisa da USP, Unicamp e Unesp enviaram uma carta ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, pedindo a recuperação dos valores costumeiros da cota de importação.

    “Essa redução está afetando seriamente centenas de projetos de pesquisa em andamento”, afirmaram os pró-reitores, em nome do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas). “Devemos mencionar que, dentre esses projetos afetados, se encontram vários dedicados à obtenção de uma vacina nacional, bem como medicamentos para o combate da Covid-19.”

    A cota de importação permite que, através do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), instituições, empresas e cientistas importem, isentos de taxas, equipamentos, acessórios e matérias-primas destinados às pesquisas científicas e tecnológicas.

    Em 2020, o valor da cota de isenção era de US$ 300 milhões (mais de R$ 1,5 bilhão, em valores atuais). Já em 2021, a cota foi de somente US$ 93,29 milhões (pouco mais de R$ 482 milhões).

    Nos últimos meses, diversas instituições científicas do país entraram em contato tanto com Marcos Pontes quanto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para expor o tamanho do problema caso as isenções não fossem retomadas.

    “O desenvolvimento e progresso de centenas de pesquisas dependem de aquisições no mercado externo desses materiais, inclusive as que dizem respeito à busca para vacina nacional em curso, bem como de outros medicamentos essenciais de combate à Covid-19 e outras patologias”, afirmavam, em junho, oito das principais entidades científicas do país, em cartas enviadas a Guedes e Pontes.

    Entre as instituições signatárias estão a ABC (Academia Brasileira de Ciências), a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e o Confies (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica).

    Ainda em janeiro, o próprio CNPq chegou a encaminhar ofício ao Ministério da Economia para restabelecimento da cota, como mostrou o blog de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

    “Como o montante já estava definido na PLOA [Projeto de Lei Orçamentária Anual] e, diante da impossibilidade de corrigi-lo, foi mantido na portaria, mas com o compromisso dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações, e da Economia de buscarem, com urgência, uma solução para o problema orçamentário”, dizia o conselho, em nota à imprensa em janeiro.

    Até o momento, porém, tais esforços não surtiram efeito, ao mesmo tempo em que pesquisas já pararam por causa do fim da cota neste ano.

    “Para mim isso é a morte lenta da pesquisa. É asfixia. Você mata um laboratório se você não puder fazer aquisição de equipamentos-chave”, afirma Fernando Peregrino, diretor-executivo da Fundação Coppetec/UFRJ e presidente do Confies.

    A Folha teve acesso a listas de uma parcela dos projetos parados ou que sofreram impactos em algumas universidades do país. Entre elas estão UnB, UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Furg (Universidade Federal do Rio Grande).

    Na UnB (Universidade de Brasília), estudos de Covid chegaram a ser impactados. Um deles busca avaliar o uso de plasma retirado do sangue de pacientes recuperados da Covid no tratamento da doença. Nesse caso, o material foi importado mesmo sem a isenção fiscal, ou seja, com pagamento de tributos, devido à urgência do momento pandêmico.

    Kits de laboratório, peças de reposição e maquinário estão entre outros itens que, em geral, travaram projetos que esperavam por suas importações sem impostos.

    Até mesmo o Sirius, acelerador de elétrons brasileiro, sob responsabilidade do Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), é diretamente impactado pelo fim da cota. Na inauguração do acelerador, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) questionou: “Considerando as grandes empresas que podem se beneficiar dessa obra, por que não fazemos deste lugar o Vale do Silício da biotecnologia?”

    Também parte do Cnpem, o LNBio (Laboratório Nacional de Biociências), que desenvolve pesquisas sobre a Covid-19, também tem sido afetado. Outro local impactado foi o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, segundo Peregrino.

    O laboratório, localizado na UFRJ, foi usado para os testes antidoping das Olimpíadas e das Paraolimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Além dele, o Ladetec (Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico), como um todo, do qual a área de doping faz parte, tem encontrado dificuldades de funcionamento por causa do fim da cota.

    “A área biológica requer muita coisa de materiais e substâncias”, afirma Peregrino. ” Esse é um laboratório afetado que vive de importação”, diz, referindo-se ao laboratório de doping.

    O presidente do Confies afirma que uma resolução para o problema chegou a ser aventada para a semana passada, mas não se concretizou. Segundo ele, é inconcebível uma situação como a atual para uma nação com o padrão de desenvolvimento do Brasil.

    “Vai definhando [as equipes de pesquisa]. Perde a capacidade de alavancar dinheiro, de formar alunos, perde prestígio, deixa de publicar, deixa de produzir. É asfixia”, diz Peregrino.

    Giuseppe Romito, professor da faculdade de odontologia da USP, foi outro que teve sua pesquisa travada pelo fim da cota e teve que parar seu projeto clínico, feito em parceria com a Universidade de Zurique (Suíça).

    “A gente faz tudo que é estimulado. Parcerias internacionais, com centros de pesquisa de excelência e tudo mais. E aí, quando chega ao momento em que conseguimos o material para importar, a gente não consegue porque a cota acabou”, diz Romito. “Você perde a confiabilidade frente aos parceiros. As pessoas também estão planejadas lá fora.”

    Esses são só alguns dos projetos e laboratórios afetados pelo fim da cota. As entidades brasileiras que costumam fazer maior uso da cota são o Instituto Butantan e a Fiocruz —através de sua fundação de apoio, a Fiotec—, os responsáveis pelas produções das vacinas contra a Covid que estão guiando o enfrentamento à pandemia no Brasil em 2021.

    O impacto tanto no Butantan quanto na Fiocruz, porém, não levou a paralisações em projetos. O Butantan, em nota, afirma que, desde o fim da cota, “passou a contar com recursos próprios e de outras fontes de apoio, não interrompendo nenhum de seus projetos”.

    Nos projetos tocados pela Fiocruz junto a Fiotec (fundação que usufrui da isenção), a situação é parecida, contando com outras fontes de orçamento para não paralisar as pesquisas. Em 2020, dos US$ 300 milhões de cota de isenção para importações, a Fiocruz/Fiotec usou cerca de US$ 48 milhões. Neste anos, a fundação usou US$ 16,6 milhões dos US$ 93 milhões disponilizados para o país.

    “Essa redução da cota tem um impacto direto, impacta nas diversas áreas e no atendimento às demandas do SUS”, afirma Priscila Ferraz, vice-presidente adjunta de gestão e desenvolvimento institucional da Fiocruz, que relembra os diversos setores da saúde nos quais projetos da instituição atuam.

    Segundo Ferraz, no caso da Fiotec, o impacto do fim da cota é sistêmico. “De qualquer forma, há o prejuízo, a desaceleração”, afirma.

    Ela aponta que, sem a isenção, pode haver um incremento de custos de 20% a 40%.

    Nos casos de alguns projetos, inclusive, o próprio governo brasileiro pode acabar tendo gastos adicionais derivados da ausência da cota de importação.

    A Folha procurou o Ministério da Economia, o Ministério da Ciência e Tecnologia e o CNPq, mas, até a publicação desta reportagem, não tinha recebido resposta desses órgãos.

    Presidente da Tunísia suspende Parlamento e destitui primeiro-ministro

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    Kais Saied alegou que Constituição tunisiana permite medida em caso de “perigo iminente”. Principal partido do país classifica decisão como golpe contra revolução que deu início à Primavera Árabe.

    O presidente da TunísiaKais Saied, determinou na noite deste domingo (25) a suspensão por 30 dias das atividades do Parlamento e a destituição do primeiro-ministro, Hichem Mechichi.

    A decisão, tomada após reunião no palácio presidencial, atribui para Saied plenos poderes executivos. O presidente tunisiano afirmou que a medida está prevista na Constituição do país.

    “A Constituição não me permite dissolver o Parlamento, mas sim suspender a sua atividade”, disse Saied.

     

    Ele afirmou que seguiu o artigo 80 da constituição da Tunísia, que permite que este tipo de medida seja adotada frente à um “perigo iminente”. Saied também usou o trecho para suspender a imunidade dos membros do Parlamento.

    A Constituição também diz que o presidente tem responsabilidade direta somente por relações exteriores e pelas Forças Armadas.

    A suspensão das atividades parlamentares aconteceu após protestos realizados neste domingo contra autoridades do país, em especial o partido governista Ennahda, de orientação islamita.

    Segundo a agência Reuters, dezenas de milhares de pessoas permaneceram nas ruas da capital Túnis e de outras cidades para apoiar a decisão de Saied.

    Manifestantes protestam contra autoridades do país, em especial o partido Ennahda — Foto: REUTERS/Zoubeir Souissi

    Manifestantes protestam contra autoridades do país, em especial o partido Ennahda — Foto: REUTERS/Zoubeir Souissi

    ‘Golpe contra a revolução’

     

    O Ennahda, maior partido no Parlamento da Tunísia, se tornou a principal força política do país desde 2011, quando uma revolta popular deu início ao que ficou conhecido como Primavera Árabe.

    O partido considerou a decisão de Saied, que atua como independente, um “golpe contra a revolução e a Constituição.

    “Consideramos as instituições ainda de pé, e os partidários do Ennahda e o povo tunisiano defenderão a revolução”, afirmou o líder do partido, Rached Ghannouchi.

     

    A Tunísia enfrenta uma forte onda da Covid-19. O país de 12 milhões de habitantes registra cerca de 18.000 mortes pela pandemia.

    A população protesta contra a falta de resposta do governo à crise sanitária, que levou ao desabastecimento de oxigênio.

    O país também convive há mais de um ano uma disputa política entre Saied e Mechichi. Além disso, a economia tunisiana enfrenta uma forte crise econômica.

    Após suspender o Parlamento, Saied anunciou que nomeará um novo primeiro-ministro.

    Delegado é morto com tiro na cabeça após confusão em casa de eventos de Porto Velho

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    Delegado Calixto morreu na hora. Um outro homem (que possivelmente teria atirado no policial) também acabou baleado e morreu no hospital; polícia informou que está investigando o caso.

    O delegado José Valney Calixto de Oliveira, da Polícia Civil, foi morto com um tiro na cabeça na noite deste sábado (24) em uma casa de eventos localizada na Estrada dos Periquitos, em Porto Velho.

    Segundo informações divulgadas pela assessoria da Civil, o delegado estava participando do evento quando houve um desentendimento e uma troca de tiros no local. Ainda não foi divulgada a motivação dos disparos.

    Um dos tiros acabou acertando o rosto de Valney Calixto e ele morreu antes mesmo de ser socorrido.

    Ainda de acordo com a Polícia Civil, um outro homem (que possivelmente teria atirado no delegado) também acabou baleado na casa de eventos e foi levado para o Hospital João Paulo II, mas também não resistiu aos ferimentos.

    Após o crime, policiais da Delegacia de Homicídios foram ao estabelecimento comercial para colher mais informações sobre a existência de uma terceira pessoa envolvida no tiroteio.

    Quase 20 anos de Civil

     

    O delegado Valney Calixto de Oliveira fazia parte da Polícia Civil há 19 anos e atualmente estava lotado no Departamento de Flagrantes da Capital (Deflag).

    Delegado Valney Calixto morre após troca de tiros em Porto Velho — Foto: Facebook/Reprodução

    Delegado Valney Calixto morre após troca de tiros em Porto Velho — Foto: Facebook/Reprodução

    Deputado Edson Martins garante a compra de Pá Carregadeira para Alto Alegre dos Parecis

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    O valor já está empenhado e em breve o município poderá contar com a máquina

    O deputado Edson Martins (MDB) garantiu recurso para a aquisição da Pá. O valor de R$500 mil (quinhentos mil reais) provenientes de emenda parlamentar do deputado irá atender ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e suprir as necessidades do município e região.

    O pedido do recurso foi feito pelo prefeito Dena da P-48 (DEM) que viu a necessidade em adquirir o veículo para fazer a manutenção das ruas, estradas, pontes e bueiros do município com maior agilidade. 

    “Recentemente entregamos um veículo no valor de R$50 mil para a Educação, enviamos R$120 mil para aquisição de tubos metálicos para ajudar na recuperação das estradas vicinais e um caminhão pipa de 15.000 litros no valor de R$ 380 mil utilizado na manutenção de estradas rurais, diminuir a propagação de poeiras, nos serviços de limpeza urbana”, declarou Edson Martins.

    Texto e foto: Assessoria

    Deputado Edson Martins destina recurso para a Orquestra Municipal de Monte Negro

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    Recurso atendeu ao pedido dos vereadores Joel Rodrigues e Joab Alves
    Deputado Edson Martins destina recurso para a Orquestra Municipal de Monte Negro

    Já está empenhado o recurso no valor de 80 mil reais proveniente de emenda parlamentar do deputado Edson Martins. O pedido do recurso partiu dos vereadores do município de Monte Negro, Joel Rodrigues Venutti (DEM) e Joab Alves (PSD).

    O valor disponibilizado garantirá a aquisição de equipamentos para a Orquestra Municipal. Os vereadores agradeceram ao empenho e afirmaram que é preciso investir na cultura e no lazer afim de impactar positivamente na vida dos cidadãos de Monte Negro.

    “Essa emenda parlamentar chegou no momento certo, precisamos oferecer um trabalho de qualidade, qualificando as nossas crianças e transformando suas histórias de vidas” – Afirmou o deputado.

    Texto e foto: Assessoria

     

    Covid e questões sociais: Olimpíadas 2020 começam como um reflexo da sua época

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    Alta de casos, desfalque de atletas, falta de público e manifestações em potencial marcam os questionados Jogos de Tóquio, que começam oficialmente nesta sexta

    Estádio de beisebol de Fukushima, uma das sedes das Olimpíadas 2020, que não receberão público
    Foto: Jae C. Hong – 22.jul.2021/AP

    As Olimpíadas são sempre representantes do seu tempo. Duas guerras mundiais causaram o cancelamento dos Jogos de 1916, 1940 e 1944. A Guerra Fria foi palco de dois grandes boicotes que marcaram a história olímpica: da delegação dos Estados Unidos e aliados aos Jogos de Moscou, em 1980, e o revide soviético na edição seguinte, em 1984, em Los Angeles.

    No caso da edição de Tóquio 2020, adiada para 2021 por causa da pandemia, o evento ficará marcado como os “Jogos Olímpicos da Covid-19”, que começam oficialmente nesta sexta (23). O início da cerimônia de abertura está marcada para as 8h (horário de Brasília).

    Uma competição sem público, impopular no próprio país e tumultuada pelos casos do novo coronavírus que atingem todos os envolvidos, direta e indiretamente, na disputa esportiva.

    Ao mesmo tempo, os Jogos na capital japonesa refletem outra realidade dos tempos atuais. Será, por exemplo, a edição com o recorde de atletas LGBTQIA+, com potencial de trazer à tona, de forma mais aberta que nas competições anteriores, questões como diversidade, racismo e inclusão social.

    Esses pontos já apareceram mesmo antes da abertura oficial, com cinco seleções femininas de futebol – Reino Unido, Chile, Estados Unidos, Suécia e Nova Zelândia – repetindo o gesto antirracista do jogador de futebol americano Colin Kaepernick e se ajoelhando no início das partidas. As jogadoras da Austrália, por sua vez, posaram para fotos com uma bandeira representando os povos indígenas do país.

    Recentemente, o COI (Comitê Olímpico Internacional) relaxou algumas de suas conhecidas restrições contra atos vistos como políticos, permitindo que atletas se manifestem em alguns espaços. Não houve qualquer punição às jogadoras, e novas manifestações deverão aparecer durante as próximas duas semanas.

    “O esporte é um termômetro de como anda nossa sociedade”, diz Joice Berth, escritora, urbanista e ativista negra. “Ele é, junto com a cultura, um pilar importantíssimo para a formação das pessoas”, completa.

    Marta comemora gol contra China na estreia da seleção brasileira nas Olimpíadas
    Marta homenageia a noiva ao comemorar gol na estreia da seleção brasileira nas Olimpíadas de Tóquio
    Foto: Molly Darlington – 21.jul.2021/Reuters

    Diversidade nos Jogos

    Além do protesto, o futebol feminino também mostrou uma das melhores jogadoras da história – a brasileira Marta – homenageando sua noiva, Toni Deoin, após marcar na vitória contra a China. Também nesta semana, o ponteiro Douglas Souza ganhou as redes sociais ao mostrar sua rotina na concentração da equipe masculina de vôlei expondo o orgulho de ser um atleta LGBT.

    É uma realidade diferente de alguns poucos anos atrás, quando esse tema era visto como tabu e sofria rejeição de uma parte significativamente maior da sociedade.

    Um outro indício da maior exposição do tema ocorreu no time de hóquei feminino da Alemanha – a capitã, Nike Lorenz, usará uma braçadeira com as cores do arco-íris para mostrar solidariedade às comunidades LGBTQIA+, em um ato autorizado pelo COI.

    Nesta semana, dias antes da abertura oficial, o comediante japonês Kentaro Kobayashi, diretor artístico da cerimônia, deixou o cargo após sofrer uma onda de críticas por conta de um vídeo de 1998 onde fez uma piada que incluiu uma referência ao Holocausto.

    “É muito bom que as manifestações contra a lgbtfobia, racismo e as discussões da pauta social estejam ganhando cada vez mais visibilidade no esporte”, diz Joice Berth. “Admiro muito os atletas, sobretudo os negros, que são muito corajosos em mexer com o senso crítico do público e aproveitam a visibilidade que eles conquistam através do esporte para colocar essa questões em discussão. Eles influenciam muito mais do que é aparente”, completa.

    Joice diz esperar que atos do tipo sejam assumidos por atletas brasileiros especificamente durante as Olimpíadas, e também de maneira mais ampla. “Há uma história de negligência dos atletas quanto a questões sociais, inclusive entre aqueles que vêm da periferia e enfrentam uma série de dificuldades. Eles costumam deixar a crítica social de lado como se não tivessem responsabilidade no meio social”, afirma.

    “São pessoas brilhantes que nos trazem não só alegrias, mas também muitos ensinamentos. Se não estão cumprindo essa função social, é o momento de pensar seriamente o quanto isso pode ser importante, até para a carreira deles. Espero que consigam cumprir esse papel e nos apoiem nessa luta contra o racismo, o machismo e a lgbtfobia – que, inclusive, influenciam para que muitos atletas sejam excluídos do esporte.”

    Tedros Adhanom, diretor geral da OMS, e o premiê japonês Yoshihide Suga
    Tedros Adhanom, diretor geral da OMS, se encontra com o premiê japonês Yoshihide Suga, um dia antes das Olimpíadas
    Foto: Kazuhiro Nogi – 22.jul.2021/AP

     

    Anticlímax olímpico

    Enquanto os atletas se preparam para iniciar as disputas, permanece no ar a sensação de que a realização das Olimpíadas em meio à pandemia é um contrassenso, ainda mais em um momento que o Japão vive uma contaminação acelerada – na quinta-feira, a capital registrou 1.979 novos casos, maior número diário desde janeiro. O próprio chefe do Comitê Organizador dos Jogos, Toshiro Muto, admitiu nesta semana que as Olimpíadas poderão ser canceladas se o cenário se agravar.

    Ao mesmo tempo, a competição sofre com a rejeição da população local e de boa parte da sociedade nipônica. O premiê Yoshihide Suga também sofre com índices de popularidade que beiram os 30% e não poderá contar com o público animado nos estádios e arenas para tentar reverter o cenário antes das eleições legislativas no país, que devem ocorrer até novembro.

    Os atletas, logicamente, não estão imunes às preocupações com o novo coronavírus. Pelo contrário: segundo a organização, já são oito competidores que encerraram o sonho olímpico após testar positivo para a Covid-19 em Tóquio. Pelo menos cinco deles estavam alojados na Vila Olímpica.

    Há também os casos de atletas que precisaram abandonar os Jogos antes do embarque – caso da atiradora britânica Amber Hill, número 1 do mundo na categoria skeet, que testou positivo pouco antes da viagem a Tóquio – e também aqueles que simplesmente desistiram de viajar por conta do risco.

    O comitê organizador já soma 91 casos ligados diretamente aos Jogos antes mesmo da abertura oficial – e a perspectiva com o início das competições não é de melhora. Mas tudo começa oficialmente hoje, com o COI divulgando diariamente tanto o quadro de medalhas como a lista de contaminados.

    ‘Largados olímpicos’: obras prometidas para Jogos de 2016 seguem sem conclusão

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    Após cinco anos, ainda serão gastos pelo menos R$ 837 milhões para cumprir promessas feitas na época, como a Estação Gávea e quatro escolas na Zona Oeste

    Cinco anos após os Jogos Olímpicos terem sido realizados pela primeira vez na América do Sul, no Rio de Janeiro, os cariocas seguem à espera da entrega de boa parte do legado olímpico prometido.

    Até o momento, ainda serão gastos pelo menos R$ 837 milhões para cumprir promessas feitas na época que não foram concretizadas, como a construção de quatro escolas na zona oeste e a finalização da Estação Gávea, segundo a concessionária Rio Barra e secretaria municipal de infraestrutura.

    De acordo com a segunda edição do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as Olimpíadas de 2016, o orçamento total para os planos de políticas públicas estava estimado em R$ 24 bilhões. Os dados foram publicados na segunda edição do documento, divulgado em outubro de 2014.

    Atualmente, o Metrô carioca chega à Barra da Tijuca, alcançando a zona oeste da cidade, mas a prometida estação da Gávea, na zona sul, parte do ramal da nova Linha 4, segue incompleta e cheia de água, deixando de beneficiar cerca de 22 mil usuários por dia.

    A estação está inundada com 36 milhões de litros d’água, como uma solução provisória feita por engenheiros para evitar riscos à estrutura e também aos prédios vizinhos. O valor estimado para que a obra fique pronta para uso da população é de R$ 750 milhões, segundo a Concessionária Rio Barra (CRB), detentora do contrato de concessão da linha 4.

    Enquanto isso, outra grande promessa olímpica não foi nem construída. A famosa Arena do Futuro, localizada no Parque Olímpico, ainda não foi desmontada para que suas estruturas sejam utilizadas na construção das quatro escolas municipais.

    No entanto, esse legado finalmente sairá do papel com um orçamento estimado em R$ 78 milhões, segundo a secretaria municipal de infraestrutura.

    Nesta sexta-feira (23) será divulgado o resultado da licitação para a desmontagem da Arena e do Centro Aquático. A empresa que ganhar precisará usar o material que serviu para montar quadras, vestiários e arquibancadas para os jogos de handball e as disputas da natação pra construir escolas em quatro bairros da zona oeste: Rio das Pedras, Santa Cruz, Bangu e Campo Grande.

    De acordo com o planejamento, cada escola terá 10 salas de aula e poderá receber 245 alunos. Contudo, a finalização da obra está prevista apenas para 2023.

    Rio 2016 - obras
    Olimpíadas do Rio: obras prometidas durante os Jogos ainda não foram concluídas
    Foto: Renato Sette Camara / EOM / Riotur

    Além da Arena do futuro, foram construídos no Parque Olímpico da Barra, as Arenas 1, 2 e 3, Velódromo, Centro Olímpico de Tênis, IBC, MPC e Via Olímpica. O local ocupa uma área de 1,18 milhão de metros quadrados.

    O TCU afirma que somente as arenas olímpicas foram orçadas em R$ 647 milhões.  O órgão aponta ainda diversas irregularidades cometidas pela prefeitura do Rio no “planejamento, gestão e utilização das arenas olímpicas após a realização das olimpíadas na cidade”. Todos os processos foram analisados pela equipe da CNN nesta quarta-feira (21).

    Para o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Leandro Mitidieri, as instalações do Parque Olímpico apresentam pelo menos 1,5 mil problemas estruturais.

    De acordo com ele, a prefeitura do Rio também é investigada por um superfaturamento na construção do Complexo Deodoro e das Arenas Cariocas 1 e 2, Velódromo e Centro Olímpico de Tênis no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense. Atualmente, o Complexo é administrado pelo governo federal.

    “A União recebeu as instalações da Olimpíada, entregues pela prefeitura, com vários problemas e vícios e, por isso, o governo federal precisa tomar alguma medida. Sendo assim, nós recomendamos que a União requeresse todos os documentos necessários”, afirmou o procurador.

    A prefeitura do Rio foi procurada, mas não houve resposta até o momento.