sábado, 23-novembro-2024
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Novo Cangaço está recrutando criminosos em Rondônia

A dinâmica dos crimes é sempre a mesma com cidades atacadas e muita violência

O Brasil tem presenciado nos últimos anos, ações cinematográficas de quadrilhas que invadem pequenas e médias cidades do interior do país e, literalmente, ‘tocam’ o terror com muita violência. O objetivo é executar o roubo a bancos e empresas que tenham valores em dinheiro. Esse tipo de crime está sendo conhecido como ‘Novo Cangaço’.
Entre os assaltos dessas quadrilhas, fortemente armadas, estão os realizados em Botucatu (junho de 2020) e em Araçatuba (agosto 2021), ambas as cidades no interior do estado de São Paulo. Desses dois roubos, foram levados milhões de reais e também deixado um rastro de morte, pânico e destruição.
Mas nem sempre, o resultado dessas ações é favorável aos bandidos. Na cidade mineira de Varginha, no último dia 31 de outubro, as forças policiais em um trabalho de investigação conseguiram impedir que um grande assalto fosse realizado.
Os esconderijos do bando foram descobertos, houve confronto e 26 integrantes foram mortos e uma grande quantidade de armas, munições e carros apreendida.
Esse tipo de crime chamado de ‘Novo Cangaço’ surgiu em 1990, na região Nordeste do Brasil, e se espalhou para outros pontos do país. A dinâmica dos crimes é sempre a mesma com cidades atacadas e muita violência.
Hoje, esses bandos estão mais concentrados na região Sudeste, no entanto, a partir das mortes ocorridas em Varginha, percebe-se que os grupos são organizados e com ações muito bem planejadas.
A identificação dos mortos em Minas Gerais está mostrando que os integrantes são recrutados em várias partes do país para participarem dos roubos. Foram identificados membros vindos de Goiás, Maranhão, São Paulo, Amazonas, Pará e Rondônia.
Em Rondônia, tem chamado a atenção sobre o envolvimento de moradores com essas quadrilhas que atuam no ‘Novo Cangaço’.
Das 26 mortes após confronto com a polícia em Varginha (MG), dois dos criminosos, Nunis Azevedo Nascimento, 33, Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28, eram de Porto Velho (RO). Todos os corpos já foram identificados.
O criminoso Nunis, era considerado o chefe de uma quadrilha especializada em grandes assaltos na capital rondoniense.
Segundo a polícia, o criminoso estava sendo investigado por vários roubos a garimpeiros e também tinha mandado de prisão por participação em um assalto ocorrido a caixas eletrônicos na Assembleia Legislativa de Rondônia. O crime aconteceu no dia 16 de janeiro deste anos.
Ataque a carro-forte na 319
Nunis também teria participado do ataque a um carro forte no dia 18 de janeiro do ano de 2019 na BR-319, altura do quilômetro 130, na divisa de Rondônia e Amazonas.
Na ocasião, dois vigilantes acabaram baleados, sendo que um acabou morrendo dias depois no hospital João Paulo II.
Assassino de empresário
O criminoso Gerônimo era investigado por tráfico de drogas na região do bairro Mocambo e havia matado a tiro o empresário Henrique Fernando Barbosa no mês de março após um desentendimento por causa do valor de um serviço no pet shop da vítima.
Ele vinha sendo procurado por agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida (DECCV) sob o comando da delegada Leisaloma Carvalho.
Recrutamento para Minas
Os dois criminosos, Nunis e Gerônimo, integravam uma organização criminosa com ramificações em todo o país e conforme a polícia por essa razão também participavam de grandes assaltos ocorridos em outras cidades brasileiras.
O criminoso Nunis inclusive fornecia armas de grossos calibres para serem usadas nos roubos, principalmente a bancos.
O Rondoniaovivo apurou junto a polícia, que o bandido era o chefe da quadrilha em Porto Velho e considerado de alta periculosidade.
Ainda conforme a polícia, os comparsas dele identificados como Charles Dione de Oliveira Alves, vulgo “Dioninho”, Jaime Cavalheiro Gomes, Robson Vidal de Almeida, vulgo “Robsinho”, Ediclei Santos Moreira de Lima, Geoge Henrique Antunes Pereira, conhecido como “Gerginho” estão com mandados de prisão e sendo procurados.
Morte do Rei do Cangaço
Anteriormente, a quadrilha de Rondônia era comandada pelo criminoso José Hamilton, vulgo “Cearazinho”.
Hamilton, conhecido também como o “Rei do Novo Cangaço” atuava realizando roubos a bancos em todo o país junto com seus comparsas.
O bandido morreu em confronto com a polícia no mês de outubro do ano de 2015 no Estado do Ceará.
Desde então, Nunis Azevedo Nascimento havia se tornado o chefe do bando em Rondônia.
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