Ex-governador do RJ Sérgio Cabral também foi condenado pelo juiz Marcelo Bretas
O ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Carlos Arthur Nuzman foi condenado a 30 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A sentença foi determinada pelo juiz Marcelo Bretas. Nuzman pode recorrer em liberdade desta sentença.
Nuzman era alvo da operação Unfair Play, que investigou a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Em 2017, Nuzman e o diretor-geral do Comitê Organizador Rio 2016, Leonardo Gryner, foram presos, em casa, pela Polícia Federal. Os dois eram investigados por envolvimento em um suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI) para que o Rio de Janeiro fosse escolhido sede dos Jogos Olímpicos.
À época, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que a prisão temporária de Nuzman e Gryner era importante para permitir que o patrimônio fosse bloqueado, impedindo que ambos continuassem atuando, seja criminosamente, seja na interferência da produção probatória”.
Segundo o MPF, nos últimos 10 dos 22 anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, sem indicação clara de seus rendimentos, além de manter parte de seu patrimônio oculto na Suíça.
Duas semanas após a prisão, com um habeas corpus, Nuzman recebeu deixou a Cadeia pública de BenficaTânia Rêgo para cumprir prisão domiciliar.
No mesmo dia em que recebeu habeas corpus do STJ, em 20 de outubro de 2017, Nuzman virou réu com o ex-governador Sérgio Cabral. A decisão foi tomada pelo juiz Marcelo Bretas, em processo resultante da Operação Unfair Play.
Sérgio Cabral também condenado
O ex-governador Sérgio Cabral Filho foi condenado a 10 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva. Cabral Foi governador do estado entre 2007 e 2014. O Rio de janeiro foi anunciado como sede dos Jogos Olímpicos em outubro de 2009.
Preso desde 2016, o ex-governador do Rio de Janeiro já havia sido condenado a 346 anos, 9 meses e 16 dias de prisão. Esta é a 19ª sentença proferida contra o político.
Já Leonardo Gryner foi condenado a 13 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa.