sexta-feira, 22-novembro-2024
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Quais as diferenças entre o motor dianteiro, traseiro e central?

Dianteiro, central ou traseiro: você sabe qual o tipo de motor do seu carro e quais as principais diferenças entre eles? Isso é de fundamental importância, pois o tipo de motor e a posição que ele ocupa no carro influenciam em diversos pontos ligados à dirigibilidade e ao próprio preço do veículo.

Apenas para introduzir o assunto, uma curiosidade sobre um dos tipos de motor — o dianteiro. Este é o tipo mais utilizado nos carros em todo o mundo, especialmente nos mais populares. Os principais motivos são a maior facilidade de construção e o menor custo de fabricação no comparativo com os demais.

Agora que já engatamos a primeira marcha no assunto, vamos, então, mostrar quais as diferenças entre motor dianteiro, traseiro e central.

Jeep Renege é um dos muitos modelos que usam motor dianteiro (Imagem: Divulgação/Stellantis)

Motor dianteiro

Um ponto que faz do dianteiro o preferido de boa parte das fabricantes de carros é que suas dimensões são menores, e isso acaba impactando diretamente no espaço que sobra para o porta-malas, demanda importante para os clientes deste segmento com preços mais acessíveis.

Se por um lado ele é mais vantajoso por conta do preço menor e da liberação de espaço na parte de trás do carro, por outro ele compromete consideravelmente a distribuição de peso. Este ponto pode ser problemático, pois impacta diretamente na dirigibilidade, especialmente em carros que também têm tração dianteira.

Essa combinação faz a tendência ao subesterço ser maior, ou seja, a frente do carro acaba escapando da trajetória ideal e o carro só volta ao controle ideal quando há diminuição da aceleração. Esse problema é mais comum nos carros que possuem o chamado motor dianteiro transversal. Nesta configuração, os cilindros, 4 ou 5 na maioria dos modelos, ficam em fila e são posicionados entre as rodas dianteiras, ocupando um espaço menor.

Mercedes AMG-GT usa o chamado motor central dianteiro (Imagem: Divulgação/Mercedes)

O outro tipo de motor dianteiro é o longitudinal, também chamado de central dianteiro. Nesta variação, presente normalmente em carros com tração integral ou traseira, os cilindros (normalmente 6 ou 8) ficam no sentido da frente para a traseira do carro, e o câmbio também muda de lugar, passando a ser montado na parte de trás.

Alguns carros do segmento Gran Turismo, como a Mercedes AMG-GT, combinam motor dianteiro e tração traseira e, ao contrário dos que têm tração dianteira, não sofrem com a dirigibilidade.

Nesta configuração, o eixo dianteiro tem a missão de direcionar o carro corretamente na curva, enquanto o traseiro traciona as rodas e divide as forças, tornando a condução esportiva e segura.

Motor traseiro

O motor traseiro, como o próprio nome diz, é o que fica alocado na parte de trás do veículo, após o eixo traseiro. É importante não confundir carros com motor traseiro com os que têm o motor chamado central traseiro. O motor central traseiro diferencia-se da primeira configuração por ser montado entre os bancos dianteiros e o eixo traseiro do carro.

A primeira configuração é uma das mais antigas do segmento automotivo, foi uma das características marcantes do Fusca e até hoje é utilizada em modelos de marcas tradicionais, como Porsche, na linha 911, e Lamborghini.

Uma das principais características dos carros com motor traseiro é que eles permitem mais peso sobre o eixo que tracionam. Além disso, tendem a ser mais eficientes nas frenagens, pois eles contam com discos e pinças de freio mais parrudas.

Porsche 911 Carrera S tem motor boxer biturbo traseiro (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

No caso de carros com motor central traseiro, como a nova geração do Chevrolet Corvette, o foco é no desempenho dinâmico do carro, e o ponto forte é o centro de gravidade, que favorece a entrada nas curvas em alta velocidade, apesar de a traseira ter a tendência de “escapar” um pouco na saída.

Motor central

Os carros com motor central são os mais utilizados em carros considerados esportivos, sejam eles V6, V8, V10, V12, com 6 cilindros em linha ou opostos e, até mesmo, com um W16 sob o capô, como o cobiçado Bugatti Veyron.

O ponto-chave desta configuração é a distribuição de peso, que pode ficar 50% em cada eixo ou, em alguns casos, 60% na parte traseira e 40% na dianteira. O principal ponto negativo é que eles costumam ser de difícil manutenção, pois podem exigir até mesmo a desmontagem completa da traseira do carro.

Bugatti Veyron usa motor W16 central (Imagem: Divulgação/Bugatti)

Para compensar, os modelos com motor central compensam na agilidade em curvas, na força de tração e, claro, na potência das acelerações, como nos casos do Ford GT ou do Porsche Cayman.

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