Segundo Trump, mais de 75 países iniciaram negociações com o governo americano para discutir questões comerciais, incluindo tarifas e manipulação cambial.
Opresidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) uma suspensão temporária de 90 dias na cobrança de tarifas sobre produtos de países que não retaliaram as tarifas aplicadas pelos EUA. A medida, divulgada pela rede social Truth Social, inclui uma tarifa reduzida de 10% em alguns casos. A pausa não vale para a China, que terá a alíquota sobre produtos exportados para os EUA aumentada de 104% para 125%.
Segundo Trump, mais de 75 países iniciaram negociações com o governo americano para discutir questões comerciais, incluindo tarifas e manipulação cambial. “Autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida, de 10%, com efeito imediato”, afirmou o presidente. A China, no entanto, foi excluída da medida devido ao que o republicano chamou de “falta de respeito aos mercados mundiais”.
Em resposta ao aumento de tarifas pelos EUA, a China havia anunciado mais cedo um acréscimo de 84% nas alíquotas sobre importados americanos. Trump reforçou a decisão de ampliar as tarifas para 125%, alegando razões comerciais e políticas. A tensão entre os dois países refletiu no mercado financeiro, com o dólar chegando a operar em alta superior a 1%, antes de iniciar uma queda e atingir R$ 5,89 no início da tarde.
O Brasil, assim como outros países não incluídos nas retaliações, será beneficiado pela redução de tarifas para 10% durante os 90 dias. Produtos exportados pelo Vietnã também terão a tarifa limitada a 10% no mesmo período. Caso não haja avanço nas negociações, a alíquota vietnamita retornará ao patamar de 46% após o prazo estipulado.
O anúncio foi realizado nos jardins da Casa Branca e faz parte de uma estratégia mais ampla de Trump para renegociar acordos comerciais em condições que favoreçam os Estados Unidos. A decisão de endurecer com a China ocorre em um momento de escalada das tensões econômicas entre os dois países, enquanto o governo busca maior equilíbrio em sua balança comercial.